ModaLisboa, Moda, Sustentabilidade
A dupla Manel Baer x Lurdes Sampaio SA, com o projeto “A Bloom Amidst Shadows”, venceu a primeira edição do programa de inovação beat by be@t do BCSD Portugal, do qual a Associação ModaLisboa é parceira. Os projetos “Ecru” e “NoWaste”, desenvolvidos respetivamente pelas duplas Carla Pontes x Empresa Têxtil Nortenha e Marta Neto x Trot by Trotinete Lda, foram distinguidos com menções honrosas.
O projeto vencedor, “A Bloom Amidst Shadows”, destacou-se entre as seis propostas apresentadas na 61ª edição da Lisboa Fashion Week, combinando tecnologia e desperdício têxtil com os conceitos de reutilização para idealizar uma nova malha sustentável. Depois de uma análise minuciosa do excedente têxtil, da seleção de composições semelhantes e da avaliação das cores, foram criadas diferentes camadas de fibra resistente, depois unidas com uma máquina de produção de acolchoados e finalizadas por um processo de brushing que lhe confere um aspeto único.
“Senti uma necessidade, mais que uma vontade, de participar no beat by be@t – a primeira edição de um programa que vem reformular a maneira de como olhamos e criamos nesta indústria. Penso que se implementarmos o conceito de circularidade e sustentabilidade em todos os nossos processos, a Moda irá florescer. Devido a isso, o Beat by be@t veio abrir caminho para o futuro do Design de Moda em Portugal, e sinto uma gratidão imensa de ter sido o vencedor desta primeira edição, e de poder partilhar este projeto com mais pessoas envolvidas nesta indústria e com o mesmo objetivo que eu”, explica Manel Baer.
Além do vencedor, o juri do programa — constituído por Carla Silva, do Citeve, Eduarda Abbondanza, presidente da ModaLisboa, o designer de moda Luís Buchinho e um representante do BCSD Portugal — decidiu distinguir com menções honrosas aos projetos “Ecru” de Carla Pontes x Empresa Têxtil Nortenha e “NoWaste” de Marta Neto x Trot by Trotinete Lda. As primeiras criaram kits de DIY numerados e limitados que usam excedentes da indústria, têxtil e de cartonagem, numa coleção de peças que podem ser transformadas segundo as estações e as vontades e potenciar o material têxtil em vários ciclos de vida. As segundas criaram NoWaste, uma linha de aventais modernos e sustentáveis, feitos a partir do upcycling de desperdício têxtil e pretendem criar uma base têxtil inovadora, versátil e aplicável a vários segmentos, que transforme o lixo em luxo simples, sempre valorizando a tradição e o conhecimento têxtil ancestrais contra a massificação.
Os vencedores vão usufruir de formações e eventos exclusivos do programa beat by be@t edição 2024, e receber consultadoria que possa apoiar a entrada dos seus projetos no mercado.
SOBRE O BEAT BY BE@T
O beat by be@t é um programa regenerador da Indústria de Moda nacional, que surgiu para ampliar a criação de sinergias entre criativos e produção inovadora. O seu objetivo é capacitar estes dois polos de atividade para operações de Sustentabilidade e Circularidade através da cooperação concertada. “Este é um programa que promove, acima de tudo, a circularidade no setor da moda. Considerando as metas e os desafios que temos no presente e futuro, contribuindo ativamente para a restauração do planeta, o be@t by be@at é o motor de inspiração para que apareçam outros projetos e que outras empresas, empreendedores e jovens criadores se motivem a pôr as suas ideias em prática”, destaca Cláudia Carocha, Head of Projects and Innovation do BCSD Portugal.
Os seis candidatos escolhidos no programa beat by be@t, entre as duas dezenas de criativos que se inscreveram online, formaram equipa com seis PME’s e tiveram acesso a workshops/webinars pensados pela equipa do BCSD Portugal, em diferentes áreas de gestão da sustentabilidade, assim como a programas de mentoria. A finalidade do beat by be@t é estimular a criatividade para o eco-design e a eco-engenharia na indústria têxtil e da Moda em Portugal. Foi pensado ao longo do ano, dentro da grande missão da comunidade be@t textiles, liderada pelo Citeve – Centro Tecnológico do Têxtil e do Vestuário, apoiada pelo PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, apostados na transição para uma Bioeconomia sustentável.
